quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A busca

No meio da batalha infindável e da novela do tiro ou nãotiro, agora entra outro personagem em minha vida: a busca pelo primeiro carro. E sabe qual vai ser, se tudo der certo? Um FUSCA!
\o/

Ah vai, eles são tão redondinhos e fofos! Ontem achamos um begezinho que tá um brinco, só precisa de um despachante e um tapeceiro com mãos de fada. E o melhor, uma pechincha!

Confesso que a tensão tá tomando conta de mim a cada dia que a procura chega perto do fim, mas dessa vez não vou deixar esse tal de Medinho ganhar denovo não, ele já ta se achando demais ultimamente...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

No mais, to feliz.

Essa vida de blogs "viremexe" me pega. E eu, é claro, caio. Sempre.

Eu tinha era que me inspirar em blogs como o do "Thi" (by Ainon. Ps: acho fofo.) que posta coisinhas interessantes com fotos belas.. coisas que as pessoas gostam de ver por aí. Mas não, só venho aqui postar merda. Mas diz que merda no teatro é uma coisa boa, né?
Sinceramente, nem me atrevo a tentar. Esse é um blog melodramático pessoal e intransferível, sabcomoé?

Vamos ao relatório anual (percebi que ando fazendo 1 post por ano..)

Minha vida está digamos... boa!
Formada, com minha empresa, arrumando alguns clientes aqui e ali, "casada", alguns bons e velhos amigos ainda presentes. Mas mesmo assim ainda não sossego... O veeeelho sentimento de que tá faltando alguma coisa - além de dinheiro, claro, porque ele...ah, ele sempre falta.

Nota mental: Será que posso postar um trexo de uma música de axé?
Melhor não.

O problema é comigo sabe. Falta garra, falta coragem, falta determinação. Na verdade falta coisa pra caralho! Comigo funciona assim: "Vou esperar sentada as coisas me acontecerem. Tá tão gostosinha essa cadeira."

Outra NM: Qual o melhor desfecho pra esse post? Ah, melhor apagar e começar denovo...Já sei! Agora vem o típico "o melhor a fazer é..." e depois uma letra de música do Pato Fu.
Não não não, comecei o post falando mal de posts assim, shit! Vai assim mesmo.

O melhor a fazer é continuar tentando, porque conseguir tá difícil.




"Mas o ar é tão puro
Que foge de mim"

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nuvens

A vida de blogs é bem gozada. Um vai e volta sem fim...
Sempre posto ao som de Pato Fu. Sempre escrevo textos enormes e ao final decido não publicá-los. Sempre fico anos sem postar e volto com comentários estúpidos.

Mas menino, como a simplicidade das coisas me deixa intrigada! Hoje me encontro em um momento tão simples da minha vida. Sem turbulências...
Quando paro pra ler o histórico e relembrar os momentos de cada post meu neste blog (e em outros), vejo que na verdade nua e crua, nunca tive grandes momentos verdadeiramente depressivos ou que valessem postagens tão desanimadas.
Parece que eu procuro por uma certa emoção, que não sei porquê, deve ser negativista.
Hoje vim aqui postar e BAM! Nada de depressão pós ou pré nada. Nada de mensagens-típicas-auto-ajuda.

Será que isso é felicidade? Se sentir tão bem com coisas tão simplórias?
Vai saber...



"É um alento ou uma falta de ar
Capaz de me fazer
Um pouco acreditar
Que o sonho mais perfeito
Pode se realizar"
Nuvens - Pato Fu

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Para uma avenca partindo

"Olha, antes do ônibus partir eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende? Olha, falta muito pouco tempo, e se eu não te disser agora talvez não diga nunca mais, porque tanto eu como você sentiremos uma falta enorme dessas coisas, e se elas não chegarem a ser ditas nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos com tudo que existimos, porque elas não foram existidas completamente, entende, porque as vivemos apenas naquela dimensão em que é permitido viver, não, não é isso que eu quero dizer, não existe uma dimensão permitida e uma outra proibida, indevassável, não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver, no mais fundo, eu quero dizer, é isso mesmo, você está acompanhando meu raciocínio? Falava do mais fundo, desse que existe em você, em mim, em todos esses outros com suas malas, suas bolsas, suas maçãs, não, não sei porque todo mundo compra maçãs antes de viajar, nunca tinha pensado nisso, por favor, não me interrompa, realmente não sei, existem coisas que a gente ainda não pensou, que a gente talvez nunca pense, eu, por exemplo, nunca pensei que houvesse alguma coisa a dizer além de tudo o que já foi dito, ou melhor pensei sim, não, pensar propriamente dito não, mas eu sabia, é verdade que eu sabia, que havia uma outra coisa atrás e além das nossas mãos dadas, dos nossos corpos nus, eu dentro de você, e mesmo atrás dos silêncios, aqueles silêncios saciados, quando a gente descobria alguma coisa pequena para observar, um fio de luz coado pela janela, um latido de cão no meio da noite, você sabe que eu não falaria dessas coisas se não tivesse a certeza de que você sentia o mesmo que eu a respeito dos fios de luz, dos latidos de cães, é, eu não falaria, uma vez eu disse que a nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viveras superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo, você riu porque eu dizia que não era cantando desvairadamente até ficar rouca que você ia conseguir saber alguma coisa a respeito de si própria, mas sabe, você tinha razão em rir daquele jeito porque eu também não tinha me dado conta de que enquanto ia dizendo aquelas coisas eu também cantava desvairadamente até ficar rouco, o que eu quero dizer é que nós dois cantamos desvairadamente até agora sem nos darmos contas, é por isso que estou tão rouco assim, não, não é dessa coisa de garganta que falo, é de uma outra de dentro, entende? Por favor, não ria dessa maneira nem fique consultando o relógio o tempo todo, não é preciso, deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço, claro, claro que eu compro uma revista pra você, eu sei, é bom ler durante a viagem, embora eu prefira ficar olhando pela janela e pensando coisas, estas mesmas coisas que estou tentando dizer a você sem conseguir, por favor, me ajuda, senão vai ser muito tarde, daqui a pouco não vai mais ser possível, e se eu não disser tudo não poderei nem dizer e nem fazer mais nada, é preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo, sim, esta é minha última tentativa, olha, é bom você pegar sua passagem, porque você sempre perde tudo nessa sua bolsa, não sei como é que você consegue, é bom você ficar com ela na mão para evitar qualqueratraso, sim, é bom evitar os atrasos, mas agora escuta: eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs, não importa a cor, é, a cor, o tempo é só uma questão de cor não é? Por isso não importa, eu queria era te dizer dessas vezes em que eu te deixava e depois saía sozinho, pensando também nas coisas que eu não ia te dizer, porque existem coisas terríveis, eu me perguntava se você era capaz de ouvir, sim, era preciso estar disponível para ouvi-las, disponível em relação a quê? Não sei, não me interrompa agora que estou quase conseguindo, disponível só, não é uma palavra bonita? Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender, melhor, claro que eu dou um cigarro pra você, não, ainda não, faltam uns cinco minutos, eu sei que não devia fumar tanto, é eu sei que os meus dentes estão ficando escuros, e essa tosse intolerável, você acha mesmo a minha tosse intolerável? Eu estava dizendo, o que é mesmo que eu estava dizendo? Ah: sabe, entre duas pessoas essas coisas sempre devem ser ditas, o fato de você achar minha tosse intolerável, por exemplo, eu poderia me aprofundar nisso e concluir que você não gosta de mim o suficiente, porque se você gostasse, gostaria também da minha tosse, dos meus dentes escuros, mas não aprofundando não concluo nada, fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente e nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um diadestes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas, espera um pouco, eu vou te dizer de todas as coisas, é por isso que estou falando, fecha a revista, por favor, olha, se você não prestar muita atenção você não vai conseguir entender nada, sei, sei, eu também gosto muito do Peter Fonda, mas isso agora não tem nenhuma importância, é fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo, sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem, está bem, eu espero aqui do lado da janela, é melhor mesmo você subir, continuamos conversando enquanto o ônibus não sai, espera, as maçãs ficam comigo, é muito importante, vou dizer tudo numa só frase, você vai ......... ............ ............. ............ .......... ........... ............. ............ ............ ............ ......... ........... ............ ............ sim, eu sei, eu vou escrever, não eu não vou escrever, mas é bom você botar um casaco, está esfriando tanto, depois, na estrada, olha, antes do ônibus partir eu quero te dizer uma porção de coisas, será que vai dar tempo? Escuta, não fecha a janela, está tudo definido aqui dentro, é só uma coisa, espera um pouco mais, depois você arruma as malas e as botas, fica tranqüila, esse velho não vai incomodar você, olha, eu ainda não disse tudo, e a culpa é única e exclusivamente sua, por que você fica sempre me interrompendo e me fazendo suspeitar que você não passa mesmo duma simples avenca? Eu preciso de muito silêncio e de muita concentração para dizer todas as coisas que eu tinha pra te dizer, olha, antes de você ir embora eu quero te dizer quê."

Caio Fernando Abreu


Ps: Obrigada Gb's!

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Concepções e padrões

Sempre fico sem reação quando tento criar a concepção de algo na minha cabeça. Principalmente quando já existe um certo padrão antes estabelecido por mim mesma. Fatos externos têm a forte tendência a me fazer repensar esse tipo de coisa. Como um livro ou a cena de um velho andando a 1/2 passo por minuto no meio da calçada da Floriano às 2h da tarde.

Eu penso, penso e penso.To cansada de pensar tanto.
No duro, chega doer a cabeça.

Mas o pior é que quanto mais pensamentos, mais confusão e estrago. É um ciclo viciante, uma roda gigante, que gira mas não sai do lugar. Juro que não vou mais dormir nem caminhar longas distâncias sozinha.
Juro mesmo!
São as horas que eu mais penso besteira e que mais acho que estou ficando louca!

Como exemplo, até ontem, meu milkshake favorito era de caramelo. Até que eu fui pensar sobre sabores e vi que na verdade o que eu mais gosto é de morango, porque apesar de na minha cabeça vir primeiro "caramelo", na hora de pedir, sempre peço de morango.
Exemplo muito subjetivo, eu sei, mas dá pra ilustrar.

Eu sempre posto textos e mais textos falando que vou parar de falar e pensar, e vou começar a agir....Horas e horas dissertando sobre algo que eu sei que não vou fazer!
EU SEI PORRA!
Como sou hipócrita comigo mesma... Chega ser engraçado.
Agir? Hahahahaha! Faça-me o favor né Dona Camila Franco.

Não vou agir, não vou parar de pensar, não vou resolver meus problemas, não vou fazer o que quero, não vou, não vou e não vou.
Sabe por que? Sou a pessoa menos pró-ativa e mais cagona que conheço.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

1, 2, 3...Respira!

Metas para 2007:


1) Esperar sempre o pior das pessoas. Todas elas.
Dói menos..